sexta-feira, 21 de maio de 2010
Por que?Qual? Pra que?
Tudo esta tão diferente e extremamente igual. Não, nada mudou dentro de mim. Nada mudou fora de mim. Então porque tudo parece tão diferente? Só o tempo que passou? Eu sinto o mesmo aperto no peito, sinto o mesmo nó na garganta, sinto a mesma angústia e ainda me sinto esperando por algo que eu não sei o que é e justamente por isso não sei se virá. Mas em algum lugar no meio do caminho, algo mudou. E quando eu fecho a boca eu falo com os olhos... Foi isso o que mudou (não que eu não falasse com os olhos antes), mas hoje eles mostram mais de mim que nunca, eles mostram os sentimentos que tento esconder, eles me denunciam a todo instante. Mas... Será que foi só isso o que mudou? Não sei. Isso tudo é tão complicado.
Qual o sentido da vida? Qual o sentido da minha vida? E agora o que faço já que não sei mais vê-la de uma forma poética como sempre fiz... Não acredito mais tanto quanto antes. Agora que a maioria das minhas frases começa com “não”. Qual o sentido? O que eu devo fazer? Para onde devo ir? Por que estou aqui e não ali ou acolá? Por que estou só? Por que não quero estar? Por quê? Por quê? Por quê?
Qual o sentido de eu escrever o que penso, ou de sentir o que escrevo? Pra que chorar? Por que não há mais razões para sorrir? Por que sinto falta? E pra que serve sentir saudade? Por que as pessoas apenas não vão de vez? Por que ficar essa parte já que não está completa? Não quero pedaços, quero tudo... Por inteiro. Ou nada, parte alguma.
Por que existe o esquecimento, se não sei me esquecer, senão para me esquecer? O esquecimento é silencioso, e todo esse barulho que o silêncio faz, torna o esquecimento mais vivo que as lembranças.. Lembranças... Pra que elas servem também?
Não quero mais lembrar nada. Nada que depois me cause mais sofrimento e dor, nem nada que rime com amor. O que eu quero mesmo? Lembrar como é esquecer e só.
"Chove dentro de mim "
"A chuva cai aqui dentro de mim, surrando, sem piedade o telhado. Raios e trovões cortam a escuridão do meu céu...
Como a tempestade, está o meu ser, pois há muito tenho vivido nas profundas masmorras, gélidas e escuras de meu coração...Quanto mais eu poderei suportar?
Eu quero liberdade. Eu quero ser amada.Mas um amor como aqueles de I coríntios 13,que diz: O amor é paciente ,é bondoso,não inveja , não se vangloria,não se orgulha,não maltrata,não procura seus próprios interesses,não se ira , não guarda rancor,o amor não se alegra com a injustiça,mas se alegra com a verdade,tudo sofre , tudo crê,tudo espera , tudo suporta,o amor não arde em ciúmes e nem suspeita mal...
Há tristeza em meu olhar e a dor aguda do vazio, me atormenta a todo instante, como uma ferida aberta que nunca cicatriza.
Tantos sentimentos contraditórios... Dúvidas...
Emoções que jamais vieram à tona. Palavras que nunca foram pronunciadas, seja por orgulho, por medo ou mesmo por não se importar... Sempre racional. Sempre escondendo ou pelo menos tentando esconder o coração, como se essa fosse a melhor forma de se proteger das pessoas e das feridas que elas podem fazer...
A verdade é que, essa é apenas uma maneira eficiente de experimentar o fel da solidão. Uma torrente de lágrimas transborda em meu olhar, rompendo a represa... Inundando-me por dentro, torturando meu coração, como a chuva lá fora, que cai insistente, batendo na minha janela e que surra cruelmente o meu telhado.
Em meio a tantas agruras e aflições não posso enxergar uma luz no fim do túnel'...
O grito inaudível e preso na garganta...
O choro reprimido, inconsolável, silencioso e amargo...
Serei eu mais uma vítima no jogo do Destino?
Um corpo sem alma...
Estou presa nessa teia de sentimentos, fazendo o sacrifício de viver cada dia... Afogada em mágoas e rancores, sofrimento e tristezas... Sangrando por dentro e morrendo lentamente a cada dia que passa.
Uma vida não vivida... De passado amargurado. Com um presente solitário e um futuro de morte... Totalmente submerso em dor..."
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